
Sei muito poucas coisas. Mas aquelas que sei estão entranhadas em mim como uma impressão digital.
Sei alguma coisa de mim própria, mas não o suficiente.
Sei que nasci em Portugal e que amo o meu país.
Sei quem foram os meus pais e os meus avós.
Sei quem são os meus filhos e eles sabem quem eu sou.
Sei que sou economista e que gosto de o ser.
Sei que Deus existe, sem saber como sei.
Sei que gosto de música e não saberia viver sem ela.
Sei que os meus gostos são tão diversos que, por vezes, me pergunto se sei gostar.
Enfim sei que sei. E que saberei amanhã mais do que sei hoje.
Não será, já, saber demais?
Helena