Fora outrora uma escultura
De que a dona fizera gala.
Os anos passaram.
As rugas vieram.
Os amantes desapareceram.
O corpo perdeu a forma
Mas o olhar, esse, permaneceu.
Tem até um brilho especial.
Aquele que vem da alma
Que jamais envelheceu!
Helena
Quem julga que sabe tudo, acaba por nada saber.
de todos os passos que dei
ResponderEliminarde todos os passos que dou
em todos os passos que serei
há um passo em que sou
o que já fui
o que serei
um eu feito escultura
forma filigrana entretecida
a luz a sombra e penumbra
entre brilho de clara a escura
a forma mais completa de mim
o brilho de um sorriso em mim
Pedro
Boa tarde. Há momentos ouvi-a na TV e cheguei aqui.Perdoe a intromissão.
ResponderEliminarEscolhi este entre os outros. A forma diliu-se ,todavia algo permanece imutável. A luz que reside por detrás das vidraças de um olhar. Algo que o tempo não rouba, só quando se quer.
Chamo-lhe a memória dos anos.
Têm verdade os versos assim escritos.
Bj.
O Outono
ResponderEliminarTrouxe o fim da espera
E prenuncia dias de paz
E de prazer.
À saudade
Une-se a ansiedade
De recuperar
Um tempo perdido
Que urge volte a ser de emoção
De sentidos
De palavras
E até de silêncios partilhados
Mas compreendidos no cruzamento de olhares.
Tivemos um tempo de Primavera
Vivamos agora o nosso tempo de Outono
Uma colega de geração
Já Júlio Dantas nos dizia "Os olhos das mulheres não envelhecem nunca".
ResponderEliminarSorte a nossa, Helena, sorte a nossa.
Gostei muito de a ver hoje na televisão.
Reconheci-me em muitas das verdades que disse e adorei saber que quase partilhamos o dia do aniversário. Sou de 8 de Dezembro de 1956, como a nossa Florbela Espanca.Aprendemos a tirar lições de vida de tudo o que nos acontece e memso quando esta nos fustiga, sacudimos a poeira dos ombros e seguimos em frente!
Assim é que é, Mulher!
Um abraço longo,
Clotilde Simões
Gostei muito deste "envelhecer".
ResponderEliminarxx