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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Envelhecer

O corpo franzino e velho
Fora outrora uma escultura
De que a dona fizera gala.
Os anos passaram.
As rugas vieram.
Os amantes desapareceram.
O corpo perdeu a forma
Mas o olhar, esse, permaneceu.
Tem até um brilho especial.
Aquele que vem da alma
Que jamais envelheceu!

Helena

5 comentários:

  1. de todos os passos que dei
    de todos os passos que dou
    em todos os passos que serei
    há um passo em que sou
    o que já fui
    o que serei
    um eu feito escultura
    forma filigrana entretecida
    a luz a sombra e penumbra
    entre brilho de clara a escura
    a forma mais completa de mim
    o brilho de um sorriso em mim

    Pedro

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  2. Boa tarde. Há momentos ouvi-a na TV e cheguei aqui.Perdoe a intromissão.
    Escolhi este entre os outros. A forma diliu-se ,todavia algo permanece imutável. A luz que reside por detrás das vidraças de um olhar. Algo que o tempo não rouba, só quando se quer.
    Chamo-lhe a memória dos anos.
    Têm verdade os versos assim escritos.
    Bj.

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  3. O Outono
    Trouxe o fim da espera
    E prenuncia dias de paz
    E de prazer.
    À saudade
    Une-se a ansiedade
    De recuperar
    Um tempo perdido
    Que urge volte a ser de emoção
    De sentidos
    De palavras
    E até de silêncios partilhados
    Mas compreendidos no cruzamento de olhares.

    Tivemos um tempo de Primavera
    Vivamos agora o nosso tempo de Outono

    Uma colega de geração

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  4. Já Júlio Dantas nos dizia "Os olhos das mulheres não envelhecem nunca".

    Sorte a nossa, Helena, sorte a nossa.

    Gostei muito de a ver hoje na televisão.

    Reconheci-me em muitas das verdades que disse e adorei saber que quase partilhamos o dia do aniversário. Sou de 8 de Dezembro de 1956, como a nossa Florbela Espanca.Aprendemos a tirar lições de vida de tudo o que nos acontece e memso quando esta nos fustiga, sacudimos a poeira dos ombros e seguimos em frente!

    Assim é que é, Mulher!

    Um abraço longo,

    Clotilde Simões

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