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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Reconhecer

Quantos anos terão passado
Desde que nos conhecemos?
Não sei. Não me lembro
Senão que toda a vida te conheci.
Corríamos pelo quintal, à apanha
De limões, laranjas e peras.
Riamos e choravamos,
Zangavamo-nos e faziamos as pazes.
Tantas e tantas vezes.
Vi-te ontem,
Mas tu não me reconheceste.
És rica. Casaste.
Eu trabalho. E divorciei-me.
Afinal,
Nascemos iguais
Mas crescemos diferentes.
Por isso, não me reconheceste...

Helena

8 comentários:

  1. há passos nos caminhos
    passos ao caminho
    que passos
    que caminho
    que passos caminho

    Pedro

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  2. uma excelente surpresa, Helena. Não fazia a mínima ideia que escrevia poesia.

    S.

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  3. Sylvia um dia perdi a vergonha e comecei. Podia ter sido só um. Não. Foram logo dois...
    Perdi a vergonha e a cabeça!

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  4. Quantas histórias como esta devem acontecer...
    Quantas lembranças...
    Quantas saudades...
    Lindo!
    Parabéns por este cantinho iluminado,

    Regina d'Ávila.

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  5. É enternecedora a forma como fala das coisas simples e importantes da sua vida,sem mágoas, sem ressentimentos.São pequenos relatos poéticos despretensiosos, de uma senhora que nos abre as portas da sua intimidade porque não tem nada a esconder e porque está de bem com a vida.
    Ainda bem que trabalha, Helena.A outra, a rica,é de certea bem mais pequenina no seu mundo onde não deve haver lugar para a poesia.
    Há tempos disse-me que não conseguia aceder ao meu blog.Se carregar por baixo do nome,acederá imediatamente.
    Maria Isabel

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  6. Ibel já consegui. Obrigada pelas suas palavras!

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  7. Boa tarde Helena
    Já lá vai uma eternidade "máxima" desde os tempos da Vitor Cordon. Nos tempos em que por lá fazia uns clics fotográficos.
    Mas esta dimensão tem momentos sempre de sorriso todos os dias. Com gosto a vejo por cá.

    Sobre este seu "Reconhecer":
    Volto a reencontrar a sua pena. Da mesma cor inspirada de contraste.
    O tempo oferece-nos esses presentes "reconhecidos" que nos soltam sempre sorrisos a cada esquina de memória ou reencontro.

    Já lhe guardei a morada virtual para voltar da próxima vez.
    Abraço

    Miguel

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  8. Miguel há quanto tempo!
    Que bom ter aparecido nesta esquina.
    Um abraço

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