Sobre as nossas gargalhadas?
Andámos tanto tempo juntas,
Que me não lembro de mim
Sem ti.
Tantas estradas cruzadas,
Tantas cartas escritas,
Tantas horas ao telefone
Tanta vida comum,
Mesmo estando separadas.
Quando adoeceste,
Estive a teu lado.
Mas quando morreste,
Levaste um bocado
De mim e de nós!
Helena
Helena
ResponderEliminarQue lindo.
Poesia é uma arte e voce é uma grande artista!
Te admiro!
com amizade e carinho de monica
Helena
ResponderEliminarQueria mostrar-lhe como senti e, entendi o seu belo poema.
Há anos, fiz isto. Nada é, ao pé do seu mas, ficará a saber, como a entendi.
Á Guida
Minha irmã que não foste!
Nem pai nem mãe tivemos em comum
E o laço entre nós duas mesmo assim
Era tão forte como mais nenhum
E vais morrer. Eu sei que vais embora
E não posso fazer nada! Nem prender-te
Nem falar de amizade de ternura,
Nem a saudade que já tenho vou dizer-te
Contigo, vai também alguma coisa
Da nossa vida que era teu e meu,
Segredos, amarguras, também horas felizes
E que agora, se tu partes, se perdeu.
Comigo, ficam todas as lembranças
Duma amizade antiga, inteira, forte
Uma amizade tão grande minha amiga
Que vai durar até depois da morte.
Maria
Um beijinho, Helena, da
Maria
Minha querida Mônica
ResponderEliminarComo eu hosto das suas visitas a este meu/seu cantinho. Beijos
Cara Maria
ResponderEliminarQue semelhança no olhar do outro. Bem vinda!
...amanhã
ResponderEliminarfará uma quinzena
porque todos os dias contam
nesta imensa pena de apenas te poder lembrar
foram mais de sessenta anos
onde o cordão que nos unia
era tão visível
que talvez a parteira se tivesse esquecido
de o cortar
sei lá
levei-te de novo para a Luz
onde o carinho é igual à medicina
onde conquistámos
(reunidas todas as vontades)
mais sete meses de vida
não foi muito e foi tanto
tanto que ninguém ousava acreditar
mas tu sabias que nenhum de nós
alguma vez desistiria de ti
terça à noite
dei-te sem saber o último beijo
e disse-te num aceno sorridente
"amanhã eu volto"
e tu
parecias contente
seguiste-me com o olhar até à porta do quarto
e voltei
mas voltei tarde demais
(poucos minutos depois)
eu sei que te rodearam de apoio
e de cuidados
só faltou mesmo repetir o "milagre"
partiste em paz
sabias-te amada e desejada
partiste
no melhor lugar do mundo para se partir...
anda um grito por gritar aqui no peito
cerro os dentes e a vontade
e agora...agora
diz-me MÃE
o que vou eu fazer com esta dor e esta saudade?...
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(Permita-me Helena que com este desabafo, faça uma homenagem ao pessoal maravilhoso,Drª Rita Abril e Drª Isabel Galriça Neto, todos os enfermeiros e pessoal administrativo e auxiliar dos Cuidados Paliativos do Hospital da Luz
Minha querida ERA UMA VEZ
ResponderEliminarComovi-me muito com esta dádiva que me fez. Sou muitíssimo amiga da Isabel Galriça e vou mandá-la vir aqui.
Pior que perder a Mãe, só perder um filho.
Vinte e muitos anos passados sobre a morte da minha no dia de Natal, ainda hoje não chorei por inteiro a sua ausência.
Um apertado abraço
Obrigada querida Helena pelas "palavras certas" que sempre encontra a cada momento...
ResponderEliminarSeremos um País desenvolvido e humanista...quando todos se poderem despedir da vida junto da família, do pessoal mais bem formado que conheci, num lugar de LUZ, seja ele onde for, onde a meiguice,a dignidade e os objectos hospitalares coabitam e se confundem...
O maior abraço.
Um grande poema, gostei de ler, desejo lhe um Bom Carnaval
ResponderEliminarhelena
ResponderEliminarEstive em Araxa e me lembrei de seus poemas!
com amizade Monica
helena
ResponderEliminarcom amizade e carinho Monica feliz Páscoa
Mônica minha querida
ResponderEliminarSó hoje vim aqui e vi os seus comentários. Bem haja!
Abraço
para si
ResponderEliminarpara o Miguel
as palavras
ficam
vazias
de dor
Pedro
É extraordinário, como num momento de dor extrema faz um poema onde diz tudo, de uma forma tão maravilhosa.
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