Ainda não tenho aquelas mãos cansadas
Um dia virei a ter
Ainda não tenho as veias azuis à mostra
Um dia virei a ter
Ainda não tenho a cabeça branca
Um dia virei a ter
Ainda não esqueci que te amo
Um dia virei a esquecer
A olhar para ti
Sem te reconhecer
Um dia tu e eu
Havemos de envelhecer
E morrer
Helena
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
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Um dia, daqui a muito tempo!
ResponderEliminarUm beijinho,
Vânia
É um prazer ler as suas palavras aveludadas, sentir as suas emoções experientes e o discernimento que as envolve. Sempre a achei uma grande Senhora, que consegue aliar um incomensurável lastro intelectual com uma simplicidade terna e calorosa. Continue a fazer-se ouvir, não se deixe confundir com os pseudo-comentadores-opinadores de segunda e pagos a peso de ouro, que por aí abundam. E, por favor, continue a existir e não fale no inevitável, no que só faz sentido falar (pelos que cá continuarem a lamentar-se)depois de acontecer. Continue a brilhar...
ResponderEliminarlucidez cortante.
ResponderEliminarUm belo poema sobre o inevitável, de uma clareza poeticamente elucidativa.
ResponderEliminarxx
Helena Um dia, pois o mundo dá muitas voltas e nestas voltas da vida , a poesia se encontra com a vida eterna
ResponderEliminarcom carinho